Sendo pegos de surpresa. Foi o que os consumidores sentiram ao abastecerem seus veículos e perceberem que havia algo diferente: O preço. É que a gasolina está sendo vendida com um reajuste de R$ 0,10, custando R$ 2,78. Em alguns postos, o combustível também pode ser encontrado a R$ 2,79. A equipe de reportagem do CORREIO DA TARDE pesquisou alguns postos da cidade, e constatou o aumento.
O aumento , apesar de parecer pequeno, deixou alguns motoristas inquietos, pois não entendem como o combustível em Mossoró pode ser tão caro. " Para quem vai abastecer apenas 1 litro nem sente, mas para quem precisa encher o tanque sente bem a diferença com esses dez centavos", desabafou o mototaxista Antônio Bento, residente no Vingt Rosado. João Batista Carvalho, é motorista de táxi e não aceita que o combustível chegue a este valor. " É um abuso cobrar R$ 2,79 por um litro de gasolina. A gente que trabalha viajando gasta uma média R$ 60 por dia de combustível, então, quando sobe, nosso lucro diminui", avalia. Já para o representante comercial Cláudio Castanheira, o aumento é abusivo e quem sofre com isso são sempre os consumidores. "É um verdadeiro absurdo o aumento da gasolina. Ninguém pode falar que vai aumentar o salário mínimo que logo inventam de aumentar a gasolina", disse Cláudio, acrescentando que "daqui a pouco haverá aumento também no preço do álcool, e do diesel".
E parece que o representante está adivinhando. É que esse aumento da gasolina coincide com a entrada em vigor da portaria dos ministérios da Agricultura, da Fazenda, de Minas e Energia e do Desenvolvimento. Justamente no último dia 11 de janeiro, os ministérios decidiram que a partir do dia 1º de fevereiro haveria uma redução do percentual obrigatório de mistura do álcool na gasolina, que passou de 25% para 20%. A decisão tem validade de 90 dias, tempo que seria suficiente para que as usinas de álcool do País possam equilibrar a oferta do produto enquanto reiniciam a colheita da nova safra de cana-de-açúcar, o que deve ocorrer em março. Com a redução da mistura, a oferta de álcool para os veículos aumentará em 300 milhões de litros nesse período. Ainda essa semana, o preço do álcool também será reajustado, e deverá sair de R$ 1,85 para 1,97.
Apesar das reclamações dos consumidores, os proprietários dos postos de combustíveis se defendem como podem. Para o gerente do posto de combustíveis Leste-Oeste, Dix-Sept Rosado , esse reajuste já era para ter sido implantado há bastante tempo. " Há dezoito meses que nós, distribuidores , tivemos um aumento de R$ 0,15, e só agora estamos repassando o preço para os consumidores, e apenas R$ 0,10, ainda estamos perdendo R$ 0,05 na margem de lucro".
A assessoria de imprensa do Sindicato Nacional dos Distribuidores de Combustíveis (Sindicom) está informando a imprensa , que na composição do preço, além da cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em cada Estado, entra também a política de preços das distribuidoras. O combustível de petróleo tem uma carga tributária maior que o álcool. Sobre a gasolina ainda incidem a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e Pis/Cofins (Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). E segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço dos combustíveis é liberado desde 2002, o que assegura a liberdade às distribuidoras de colocar em prática o reajuste.
Elizangela Moura
Raul Pereira
Fonte: Correio da Tarde, 14/02/2011
O aumento , apesar de parecer pequeno, deixou alguns motoristas inquietos, pois não entendem como o combustível em Mossoró pode ser tão caro. " Para quem vai abastecer apenas 1 litro nem sente, mas para quem precisa encher o tanque sente bem a diferença com esses dez centavos", desabafou o mototaxista Antônio Bento, residente no Vingt Rosado. João Batista Carvalho, é motorista de táxi e não aceita que o combustível chegue a este valor. " É um abuso cobrar R$ 2,79 por um litro de gasolina. A gente que trabalha viajando gasta uma média R$ 60 por dia de combustível, então, quando sobe, nosso lucro diminui", avalia. Já para o representante comercial Cláudio Castanheira, o aumento é abusivo e quem sofre com isso são sempre os consumidores. "É um verdadeiro absurdo o aumento da gasolina. Ninguém pode falar que vai aumentar o salário mínimo que logo inventam de aumentar a gasolina", disse Cláudio, acrescentando que "daqui a pouco haverá aumento também no preço do álcool, e do diesel".
E parece que o representante está adivinhando. É que esse aumento da gasolina coincide com a entrada em vigor da portaria dos ministérios da Agricultura, da Fazenda, de Minas e Energia e do Desenvolvimento. Justamente no último dia 11 de janeiro, os ministérios decidiram que a partir do dia 1º de fevereiro haveria uma redução do percentual obrigatório de mistura do álcool na gasolina, que passou de 25% para 20%. A decisão tem validade de 90 dias, tempo que seria suficiente para que as usinas de álcool do País possam equilibrar a oferta do produto enquanto reiniciam a colheita da nova safra de cana-de-açúcar, o que deve ocorrer em março. Com a redução da mistura, a oferta de álcool para os veículos aumentará em 300 milhões de litros nesse período. Ainda essa semana, o preço do álcool também será reajustado, e deverá sair de R$ 1,85 para 1,97.
Apesar das reclamações dos consumidores, os proprietários dos postos de combustíveis se defendem como podem. Para o gerente do posto de combustíveis Leste-Oeste, Dix-Sept Rosado , esse reajuste já era para ter sido implantado há bastante tempo. " Há dezoito meses que nós, distribuidores , tivemos um aumento de R$ 0,15, e só agora estamos repassando o preço para os consumidores, e apenas R$ 0,10, ainda estamos perdendo R$ 0,05 na margem de lucro".
A assessoria de imprensa do Sindicato Nacional dos Distribuidores de Combustíveis (Sindicom) está informando a imprensa , que na composição do preço, além da cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em cada Estado, entra também a política de preços das distribuidoras. O combustível de petróleo tem uma carga tributária maior que o álcool. Sobre a gasolina ainda incidem a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e Pis/Cofins (Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). E segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço dos combustíveis é liberado desde 2002, o que assegura a liberdade às distribuidoras de colocar em prática o reajuste.
Elizangela Moura
Raul Pereira
Fonte: Correio da Tarde, 14/02/2011
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