É uma segunda-feira. Você está atrasado para o
trabalho e o trânsito para agravar a situação está mais congestionado
que o normal. Você começa a "costurar" a via, enquanto envia mensagem
avisando que irá se atrasar. Num momento de distração, em questão de
segundos, você bate na traseira do veículo que trafega à sua frente. E
agora, o que fazer? O Yahoo conversou com especialistas para saber quais
os procedimentos necessários e qual o comportamento adequado para quem
acabou de se envolver em um acidente.
Antes de qualquer coisa: mantenha a calma
Para que os procedimentos necessários sejam tomados da melhor forma
possível é importante que o condutor tente se manter tranquilo após a
colisão. Segundo a Psicóloga Letícia de Oliveira, especialista em
comportamento pelo Núcleo Paradigma,
não é fácil reagir naturalmente a uma situação como essa, afinal "a
pessoa que bateu se sente falha, se culpa e a pessoa que sofreu a
colisão, se sente insegura, ameaçada". No entanto, segundo Letícia
qualquer postura agressiva deve ser evitada. "Uma conduta ideal consiste
em manter a calma e conversar o mais pacificamente possível com o outro
condutor. Se você perceber que a pessoa está muito nervosa, pode se
oferecer pra ligar para algum familiar dela. Nos sentimos mais seguros
quando temos alguém conhecido ao nosso lado" aconselha a psicóloga.
Em
casos de estresse alto, além da presença de um familiar também pode ser
útil a mediação por parte de uma pessoa mais neutra, de acordo com
Luciana Costa Valente, psicóloga com formação em Terapia Cognitiva -
Comportamental pelo CPAF-Rio.
"A resolução do conflito pode estar impregnada pelo estresse de ambas
as partes e é necessário uma terceira pessoa como mediadora muitas
vezes. Uma comunicação eficaz nessas horas demanda um estado de mínima
serenidade. Vise sempre encontrar a solução e nunca uma acusação
desnecessária que só ira piorar ainda mais o quadro", recomenda. Luciana
ainda ensina uma importante técnica para manter a tranquilidade em
situações como essa que provocam um quadro de estresse. "A dica é
procurar respirar de forma profunda e lenta visando encontrar uma
diminuição das descargas de adrenalina e cortisol no organismo e manter o
pensamento em mínima ordem".
Primeiras providências
Segundo Laur Diuri, Diretor de Sinistros da Allianz
Seguros, a primeira providência a ser tomada é certificar se não há
feridos. Existindo pessoas feridas, deve-se solicitar a presença do
Corpo de Bombeiros - Resgate 193 - e da Policia Militar - 190. " É
importante também observar o comportamento do(s) outro(s) condutores. Se
for agressivo ou aparentar estar sob efeito de álcool ou drogas, ou
ainda se o causador do acidente tiver deixado o local, acione o 190",
aconselha Laur.
Num segundo momento, deve-se cuidar para que as
pessoas e os veículos envolvidos fiquem em local seguro ou fora de área
que possa provocar outros acidentes. Caso os veículos estejam
atrapalhando o fluxo da via, seus respectivos condutores podem ser
multados. "É importante sinalizar aos outros veículos que há um acidente
no local, utilizando o triangulo para sinalização. As pessoas precisam
ficar fora das áreas de passagem ou de escape de outros veículos",
aponta Diuri.
Segundo o Diretor de Sinistros da Allianz, o
terceiro procedimento adequado é obter todos os dados do causador do
acidente, bem como do veículo envolvido, (placa, marca e modelo) e se
possível identificar testemunhas do acidente. Nesse momento é
recomendável tirar fotos dos veículos envolvidos, no intuito de
identificar as características e os danos sofridos. Laur Diuri também dá
outra dica importante: "Nunca assuma nenhuma responsabilidade se você
não tiver certeza que foi o responsável pelo acidente".
Finalmente, é a hora de registrar o Boletim de Ocorrências. Quem orienta sobre como proceder é o gerente da sucursal da Porto Seguro em Belo Horizonte, Cristiano Maschio.
1- Anotar o local da colisão, nome da rua, Nº, algum ponto de referência, cruzamento com qual rua;
2- Realizar uma descrição simples e detalhada do ocorrido e dos danos nos veículos;
3- Caso haja sintoma de embriaguez por parte do outro envolvido, sinalizar ao policial para que seja providenciado o bafômetro.
Acionando o seguro
Segundo Cristiano Maschio, após identificar o causador do acidente, o
correto é ele assumir a culpa e os reparos no veículo. Caso o causador
não assuma a responsabilidade, o correto é o outro condutor acionar a
sua seguradora para que ela efetue o reparo dos danos.
O sinistro
pode ser comunicado pelo "0800" da seguradora ou então por intermédio
do Corretor de Seguros. "A Seguradora irá gerar um número e direcionar o
veículo à oficina para que seja feito o reparo. Ao mesmo tempo,
existindo outros veículos envolvidos e sendo o segurado responsável pelo
acidente, a seguradora abre um processo para atender aos terceiros.
Ambos, segurado e terceiro, podem escolher uma oficina de sua
preferência ou aceitar uma indicação da seguradora", explica Laur Diuri.
Dependendo da seguradora, além do guincho também poderá ser
disponibilizado ao segurado o retorno ao seu domicilio ou estadia em
hotel.
Ao acionar o seguro, o segurado se
responsabiliza em pagar o valor da franquia, definido no momento da
contratação do seguro. Caso o veículo acidentado seja considerado como
Indenização Integral, o Segurado receberá o valor do veículo sem dedução
de franquia. " A franquia é cobrada somente nos casos de colisão e
alagamento. Nos casos de roubo, furto, incêndio ou "perda total" não há a
cobrança de franquia. Tal valor é pago à oficina no momento da retirada
do veículo", explica Cristiano Maschio.
Últimos procedimentos
Após levar o veículo para a oficina responsável pelo conserto do mesmo,
resta aguardar e acompanhar o processo de reparo. Segundo André Luis
Mantovani, S ócio Proprietário da Ação Absoluta Corretora de Seguros,
caso haja lentidão ou erro no serviço prestado, o segurado ou terceiro
deve procurar o corretor de seguros responsável pela apólice.
"Ele é o representante legal do segurado na seguradora e a pessoa devidamente habilitada a resolver todas as questões inerentes aos eventos cobertos pela apólice de seguro. Além do corretor existem os canais disponibilizados pelas seguradoras, como os SACs e as Ouvidorias", aponta. Se após tal contato não houver resultado, Mantovani recomenda o consumidor a procurar a SUSEP", órgão governamental que regula o mercado de seguros e que irá apurar os fatos e tomar as medidas cabíveis para que o contrato seja honrado, podendo inclusive multar a seguradora".
"Ele é o representante legal do segurado na seguradora e a pessoa devidamente habilitada a resolver todas as questões inerentes aos eventos cobertos pela apólice de seguro. Além do corretor existem os canais disponibilizados pelas seguradoras, como os SACs e as Ouvidorias", aponta. Se após tal contato não houver resultado, Mantovani recomenda o consumidor a procurar a SUSEP", órgão governamental que regula o mercado de seguros e que irá apurar os fatos e tomar as medidas cabíveis para que o contrato seja honrado, podendo inclusive multar a seguradora".
Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/bati-o-carro-e-agora-142300245.html
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