O setor bancário foi o que mais concentrou queixas de consumidores
levadas à Justiça em 2016. Do total de ações relacionadas ao Direito
do Consumidor, 39% envolvem instituições financeiras.
Entre 2014 e
2016, o número de processos envolvendo bancos aumentou em 10 pontos
percentuais, o que indica a crescente judicialização de queixas
relativas a irregularidades praticadas pelas instituições financeiras.
Os
dados são de um levantamento inédito produzido pelo Departamento de
Pesquisas Judiciárias do Conselho Nacional de Justiça que traçou um
perfil das ações relativas ao Direito do Consumidor. Segundo a
pesquisa, essas ações correspondem a 13% dos assuntos de processos
submetidos aos tribunais no ano passado.
Somadas aos bancos, as
empresas de telefonia e prestadoras de planos de saúde foram os
principais segmentos acionados na Justiça em processos de relações de
consumo, com 18% e 8% do total de ações, respectivamente.
O
problema que mais originou as queixas levadas à Justiça em 2016 estava
ligado à responsabilização do fornecedor — objeto de 65% dos assuntos
dos processos. A indenização por dano moral foi o tipo de providência
mais exigido nessas causas, tendo sido o objeto de 67% das demandas.
Nas cortes
A maior parte das demandas consumeristas foi apresentada em juizados especiais (29% dos casos), instância que resolve litígios, geralmente mediante a celebração de acordos, com valor de até 40 salários mínimos. A Justiça comum (1º grau) foi acionada em apenas 5% dos processos.
A maior parte das demandas consumeristas foi apresentada em juizados especiais (29% dos casos), instância que resolve litígios, geralmente mediante a celebração de acordos, com valor de até 40 salários mínimos. A Justiça comum (1º grau) foi acionada em apenas 5% dos processos.
O Tribunal de
Justiça “campeão” de demandas sobre Direito do Consumidor foi o de Mato
Grosso, onde 39% dos casos novos apresentados em 2016 tinham relação
com esse tema. O TJ do Rio de Janeiro ficou em segundo lugar (32% dos
casos novos na corte), seguido pelo tribunal da Paraíba (28% dos casos
novos na corte).
Com informações da Assessoria de Imprensa do CNJ.
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