Setor tinha em junho 48,4 milhões de clientes, ante 49,3 milhões.
Principal motivo é a crise econômica, acredita entidade do setor.
Os planos de saúde perderam 910 mil clientes nos primeiros 6 meses
deste ano, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (18) pela
Agência Nacional de Saúde Sumplementar (ANS).
O setor reuniu em junho no país 48,48 milhões de beneficiários no país,
uma queda de 1,84% ante a um total de 49,39 milhões de pessoas em
dezembro do ano passado.
Em 12 meses, a queda foi de 3,2%, ou o equivalente a uma perda de 1,64
milhão de clientes. Em junho de 2015, os planos médico-hospitalares
reuniam 50,12 milhões de beneficiários.
O relatório da ANS destaca, porém, que 5 estados registraram aumento do
número de beneficiários em planos de assistência médica em relação a
maio: Amazonas, Bahia, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins.
Entre as grandes operadoras, apenas a Hapvida registrou crescimento no
número de clientes em junho (0,66%). Amil, Bradesco Saúde e Sul AMérica
tiveram, respectivamente, queda de 0,09%, 0,64% e 0,48%, na comparação
com maio.
Em nota, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) atribuiu à
atual crise econômica como motivo principal para a movimentação
negativa do setor, por ser "impactada diretamente pelo número de
empregos formais".
"A entidade afirma que já vinha alertando para a inédita queda de
beneficiários de planos de saúde desde o início de 2015 e, se no segundo
semestre de 2016 o desempenho econômico do Brasil não melhorar, poderá
finalizar o ano com uma queda de mais 2 milhões de clientes", informou a
entidade.
Setores e segmentos
Ainda segundo a agência, os planos exclusivamente odontológicos somaram
21,96 milhões de clientes em junho, o que representa um aumento de
0,87% em relação ao mês anterior. Na comparação com junho de 2015, a
alta foi de 1,9%.
A ANS informou que em junho o número de beneficiários nos planos
coletivos empresariais somou 32,1 milhões de clientes. Já o número de
participantes em planos individuais caiu para 9,4 milhões.
A perda de número de clientes nas operadoras de plano de saúde acontece
em meio à recessão e aumento do desemprego no país, que ficou em 11,2%
no trimestre encerrado em maio deste ano, segundo o IBGE. No acumulado
dos cinco primeiros meses de 2016, o Brasil perdeu 448 mil empregos
formais, segundo o Ministério do Trabalho.
No dia 6 de junho, a ANS autorizou o reajuste de até 13,57% nos planos de saúde individuais e familiares.
A agência abriu uma discussão sobre a comercialização dos planos de
saúde via internet. A ANS sugeriu um prazo de 10 dias para que
interessados encaminhem propostas e indagações sobre o assunto.
Fonte: G1
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