Recém- anunciada, mudança é positiva e garante mais privacidade aos usuários do aplicativo
Na última terça-feira, 05, o WhatsApp anunciou a implementação da
“criptografia de ponta a ponta”, já válida para as últimas versões do
aplicativo. A mudança, no entanto, causou dúvidas nos usuários sobre o
que, efetivamente, acontece com a novidade.
Segundo declarado pela empresa, a criptografia assegura que somente o
usuário e a pessoa com a qual ele está se comunicado podem ler o que é
enviado e ninguém mais, nem mesmo o próprio WhatsApp.
O advogado e pesquisador em telecomunicações do Idec Rafael Zanatta,
explica que a medida é relevante. "A questão é importante por dois
motivos. Primeiro, pois a criptografia tem a capacidade de evitar
“grampos” em chamadas realizadas pelo aplicativo. Segundo, pois membros
da Câmara dos Deputados finalizaram o relatório da Comissão Parlamentar
de Inquérito de Cibercrimes e anunciaram que é preciso reforçar as
capacidades das autoridades policiais para obtenção de dados de empresas
de tecnologia. O anúncio do WhatsApp torna isso mais difícil e protege a
privacidade dos usuários brasileiros e de todo o mundo”, elenca o
especialista.
O Idec preparou uma Nota Técnica para comentar sobre a mudança. Para ler, clique aqui.
Como o consumidor é afetado?
Para o consumidor dos serviços do WhatsApp, a adoção da criptografia
significa mais proteção à privacidade, um direito previsto no Marco
Civil da Internet (Lei 12.945/2014). Na prática, ela reforça os
dispositivos previstos na lei que garantem o direito à inviolabilidade
da intimidade e da vida privada bem como a inviolabilidade e sigilo do
fluxo das suas comunicações pela internet. “Da perspectiva da proteção
da privacidade aos consumidores, a medida é benéfica e fortalece
direitos civis”, finaliza o pesquisador.
Informações sensíveis como fotografias íntimas, dados de contas
bancárias e dados pessoais também se tornam “ocultos” para terceiros.
Com essa estratégia, o WhatsApp passa a oferecer mais segurança aos
dados e informações dos usuários que o seu concorrente, o aplicativo
Telegram.
A estrutura de criptografia não é opcional e se aplica a todos os
sistemas operacionais (Android, iOS, etc). Usuários de versões não
atualizadas ainda estão sem a proteção criada pela empresa. Para passar a
utilizar a criptografia ponta a ponta, basta atualizar a versão do
aplicativo por meio de plataformas de apps.
Fonte: http://www.idec.org.br/em-acao/em-foco/criptografia-do-whatsapp-entenda-o-que-muda-para-o-consumidor
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