Postado em 06/05/2015 - 22:51
Agência Brasil
A Medida Provisória (MP) 665, que altera as regras de acesso ao
seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro-defeso, foi aprovado há
pouco pelo plenário da Câmara e transformado em lei depois de muitas
discussões em torno da matéria, ressalvadas as emendas e destaques que
visam a modificar o texto aprovado. Foram 252 votos a favor, 227 contra e
1 abstenção. Pelo acordo que possibilitou a aprovação da MP,
ainda hoje devem ser votados nominalmente dois destaques que visam a
alterar o texto da medida. Os outros destaques e emendas devem ser
votados amanhã (7).
Encaminharam voto favorável à aprovação da MP 665 os líderes do bloco
formado pelo PMDB e outros partidos, do PT, do PSD, do PR, do PCdoB, do
PROS e do PRB, além da liderança do governo. Encaminharam contra a
aprovação da medida provisória os líderes do PSDB, do DEM, do SD, do
PDT, do PPS e do PSOL e o líder da minoria. O único partido da base
governista que encaminhou voto contra a MP foi o PDT. O PV liberou sua
bancada para votar de acordo com a convicção de cada um.
Desde ontem (5), as mudanças nas regras de acesso ao seguro-desemprego,
ao abono salarial e ao seguro-defeso vinham sendo debatidas pelos
deputados de partidos da base governista e da oposição no plenário da
Câmara. A MP deveria ter sido votada na noite de ontem, mas como não
houve acordo, os líderes de partidos da base governista e o líder do
governo, deputado José Guimarães (PT-CE), fecharam um acordo para adiar
para hoje a votação, visando a sensibilizar aliados a votarem a favor
das medidas.
O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), exigiu clareza nos posicionamentos do PT em
relação à aprovação da MP. Segundo Picciani, ontem o programa do PT
deixou um sinal trocado. “Ficamos com a impressão de que o PT poderia
estar considerando que o ajuste não era necessário para o país”, disse.
Para o peemedebista, no programa do PT faltou firmeza na defesa do
ajuste, o que fez com que o bloco do PMDB e outros partidos desse um
passo atrás. “Por isso, de forma aberta, cobramos do PT um
posicionamento claro e esse posicionamento veio hoje”, explicou Picciani ao justificar o apoio do PMDB à aprovação da MP.
Fonte: Jornal De Fato
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