Flávio Louzada, de 33 anos, tinha planos. O casamento estava marcado
para novembro de 2012 e ele queria deixar tudo pronto. Em janeiro de
2011, comprou uma unidade do empreendimento Vila Nova Paisagem, em
Suzano (SP), da Tecnisa.
Deu a entrada e pagou todas as parcelas até a entrega das chaves, mas,
em abril de 2012, quando estava prevista a entrega do apartamento –
mesmo com os seis meses de atraso regulamentados –, nada aconteceu.
Com o casamento, teve de sair da casa dos pais, partiu para o aluguel.
Até a Larissa, filhinha do casal, nasceu e o apartamento não ficou
pronto. Mas em agosto deste ano, finalmente a construtora entregou o
imóvel. Só que o prejuízo ficou com Louzada: aluguel durante os dois
anos e três meses, a taxa de condomínio e até a correção do saldo
financiado pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), um dos
índices de inflação mais altos do País – que já acumula alta de 5,7% no
ano. Na época da compra, seu saldo a ser financiado era de R$ 110 mil,
hoje ele ainda deve R$ 150 mil do parcelamento.
Louzada decidiu mover uma ação contra a Tecnisa para reaver todo esse
prejuízo causado pelo atraso da obra. Por ora, ele tem a vitória –
conseguiu, na Justiça, que a construtora congelasse o saldo devedor
durante todo o período de atraso. Mais que isso, a construtora deverá
pagar aluguel no valor de 0,8% do imóvel. A decisão ainda é passível de
recurso.
Construtora tem mais de 1,8 mil reclamações
A vitória é de Louzada, mas ele não está sozinho. No Reclame AQUI, são
1.824 queixas contra a Tecnisa (até 9 de setembro) e apenas 13% dos
reclamantes voltariam a fazer negócio com a empresa. O número é maior
que o de outras construtoras como Cyrela (882) e Even (1.815). A Tecnisa
ainda tem número de queixas inferiores à da Rossi (2,9 mil) e da Gafisa
(2,3 mil).
Fonte: IG
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